Acredito no caráter agregador e sei do potencial que o “campo”, onde corre a informação no Twitter proporciona, é grandioso.
Devido à falta de censura, de edição e a rapidez com que a informação é colocada.
Mas, lendo esse texto, sobre os Provos (da Holanda), que eu achei no Olhômetro (que é um blog incrível) e pensando sobre as passeatas deles, as do Irã e o Twitter, cheguei até aqui....
Passeatas dos Provos.
Eles se reuniam e começavam a passeata, porem eles adotaram um modelo de passeata não-violento. Que passou a ser modelo depois pela Europa, mundo, França em 68 e etc .
O esquema era o seguinte: Eles começavam a passeata e logo que houvesse a primeira represália, ao invés de partirem “pro pau”, eles se dispersavam para depois se encontrar e começar a passeata de novo, só que agora, mais longe da polícia, o que daria mais tempo para a manifestação.
Agora “nois”.
A gente, já provou que tem capacidade de organizar passeatas e manifestações pelo Twitter, só que a evolução do uso do “Twitterativismo” deveria aparecer no modelo da passeata não-violenta.
Por exemplo:
Uma passeata na Paulista para mandar aquele imbecil do Sarney pra Pindaíba.
Começa a passeata e então (em algum momento) ocorre uma represália, daí ao invés de “bater de frente”, todos se dispersam e combinam um outro local de encontro. Ali. Na hora mesmo. Através de celulares, blackberrys e todas essas parafernálias. Todos conectados ao mesmo tempo no: “Twitterativista”
-É claro que seria necessário eleger um líder, um representante e/ou organizador da manifestação para que todos os manifestantes colham as informações sobre o próximo local, através da mesma fonte.-
Voltando, então...
Após a represália, o tal “líder” envia um post para o Twitter dizendo:
“Vamos nos encontrar agora na Consolação em frente a praça Roosevelt e começar tudo de novo.”
Daí em diante toda vez que houver uma “prensa” da policia, a manifestação se dispersaria e rapidamente começaria em outro lugar, tendo a possibilidade de avançar em vários pontos da cidade, fazendo com que mais pessoas vejam a manifestação e até mesmo, se juntem a ela.
Explodiriam, nasceriam passeatas e manifestações em diferentes lugares da cidade antes que o Estado pudesse tentar entender o que está acontecendo.
O mais interessante é que como o Twitter é algo com uma visibilidade enorme, eu acredito que o “surto-manifestatório” com certeza, em algum momento, fugiria do nosso controle. Gerando uma onda de passeatas pela cidade.
De repente a manifestação passa a migrar de lugar pela cidade... Um lugar, depois outro, e outro, e outro...
O que impediria a divisão da manifestação? Grupos vão para locais diferentes, gerando núcleos diferentes, agregando pessoas novas, novos lideres estes que dariam novas coordenadas para a próxima localização.
Isso faria com que a manifestação fugisse do nosso controle e com certeza deixaria a policia que nem barata tonta.
.
Gosto do Twitter sim. Mas com esse intuito, de digamos assim.....“Twitterativismo”.
Agora, ficar postando o humor do chefe, almoço do dia ou simplesmente o que você esta fazendo, por mais que seja algo insignificante, de 5 em 5 minutos.
É babaquice.
Se for assim, caminhos, descemos.
De degrau em degrau.
Rumo ao grunhido.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Twitterativismo
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Um comentário:
É mano.. Vc podería ser este "lider do twitter" haha.
O problema é que o povo não tá interessado em passeatas..É cada um por si..E o Sarney que continue roubando..
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